NITRONEWSLETTER #7 | Jessica Jones é DOIDIMAIS, Daylight War é mais ou menos e deixem os VILÕES SEREM VILÕES! | 23.11.15 a 25.11.15

NITRONEWSLETTER #7 | 23.11.15 a 25.11.15

AS VEZES, VILÕES TEM QUE SER VILÕES

Terminei ultimamente a leitura do imenso Daylight War (Demon Cylcle #3) de Peter V. Brett, setecentas páginas da luta da humanidade contra demônios que surgem do chão todas as noites, e, apesar de ter tido uma boa impressão do livro, senti que a caracterização e humanização de um dos personagens, que era uma antagonista muito legal nos livros anteriores, matou a personagem dramaticamente.

O lance é que, em certos tipos de história, vilões tem que ser vilões mesmo, e a dose de humanidade que seja colocada neles, e que está em moda atualmente, tem que ser moderada. Em histórias de aventura, pancadaria, focadas em ação, eu ainda acredito que o formato das histórias pulp, mesmo com postmordenices, desconstruções, ironias, etc. ainda é a melhor forma de garantir a diversão do leitor.

Então fica aqui um manifesto pela volta dos vilões “MAUZÕES MESMO” para a literatura contemporânea de fantasia! 😀 Se o Charles Dickens criava esse tipos de vilões, porque não trazê-los de volta, uai? Como dizia um véio contador de histórias das Alterosas, roça de belzonte, “Vilãozão bão tem qui ser mau como o picapau!”

MARCA DA CAVEIRA

Mantendo o ritmo de quatro horas de escrita por dia no livro, alternando entre sessões de reescrita e sessões de edição e revisão. Eu vi que, no meu processo de criação, é melhor ir editando ao longo da escrita, mas o que realmente poupa tempo é o planejamento de cenas antes da escrita.

O interessante é que, mesmo planejando detalhadamente, muita coisa muda, porém a narrativa se mantém com um foco claro.

Status atual do Marca da Caveira (Trilogia Legião #1): 115.989 de palavras escritas da versão final (3ª versão do romance) de 220.000 palavras; trabalhando na cena 81 de 133.

JESSICA JONES É DOIDIMAIS!

Se você ainda não assistiu, PARA AGORA E ASSISTA VÉIO! A série Jessica Jones, da Netflix é doidimais, ainda estou no meio, mas estou curtindo demais.

A protagonista é IGUAL A MINHA ESPOSA, VÉÉÉÉIO, tem o mesmo tipo de personalidade, tanto que estou chamando de a série da Érika Jones, os roteiros dos episódios estão afiados, a trama é inteligente. E o Luke Cage ficou bonitão pra caramba!

É um show que dá uma aula de como criar protagonistas femininas bem feitas, os personagens são diversos, a pegada é feminista, e o vilão, O VILÃO É DOIDIMAIS VÉÉÉÉIO, é um salsicha (homem branco heterosexual) que funciona como uma metáfora do sonho machista de poder controlar a mente das mulheres. Mulheres de ação contra um salsicha de vilão! Muito bom mesmo, recomendo!

WEBCOMICS LIDOS

Ledd #15 a #17 de Lobo e Trevisan

E agora, infelizmente, fico ansioso aguardando os próximos eps! Recomendo, o melhor mangá brasileiro de fantasia shonen do momento, e de nível internacional! Recomendadíssimo, principalmente para roteiristas e escritores que queiram trabalhar com mangá. 🙂

CONTOS LIDOS

Clay Soldiers by Derrick Boden | Soldados do futuro e amores do passado. (ING)

Mulher dos outros por Antônio Maria | Uma crônica de bar do mestre Antônio Maria.

LIVROS LIDOS

The Daylight War (Demon Cycle #3) – Peter V. Brett (Random House, 2013, 700 pgs)

Esse volume da série Demon Cycle me deixou confuso, tem um final DOIDIMAIS MASSAVÉIO, partes muito, mas muito boas, outras mais ou menos e outras bem fracas.

De bom continua o cenário original da saga, o sistema de magia bem construído, o detalhismo nas culturas e costume dos povos descritos, a trama apocalíptica e os detalhes sobre o passado de um dos protagonistas (apesar de ter “matado” o personagem como vilão, na minha opinião).

De mais ou menos foi a enorme quantidade de “fillers”, uma enxeção de linguiça dos diabos, se eu editasse esse livro “enxugaria” umas duzentas páginas, pelo menos. E de ruim, mas brega mesmo, é o excesso de sexo e de subtexto machista ao extremo (e acredito que até meio inconsciente por parte do escritor) do livro.

As cenas de sexo são bem bregas, alguns personagens ficaram bem deturpados, e  o machismo em algumas cenas e caracterizações está ficando insuportável, e quase me fez parar de ler (comentei algumas cenas e elementos da trama com minha esposa, e ela teria jogado o livro pela janela, se estivesse lendo).

Assim, recomendo com ressalvas, as 700 páginas do livro tem apenas 200 que avançam a trama, a coisa fica bem lenta no meio, apesar dos momentos de caracterização, tive que aguentar muitas cenas de sexo, que, para mim, saíram um pouco do clima estabelecido pelo primeiro e FANTÁSTICO livro da série.

Mas já que estou comprometido com a série, e já comprei os livros todos, vamos que vamos para o quarto livro, o Skull Throne, e seja o que Everon (o Deus da saga) quiser!

E até a próxima NITRONEWSLETTER!

MARVELS-JESSICA-JONES


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10 comentários

  1. Quer dizer que você enxugou o texto original do Marca da Caveira de 220 mil pra essas quase 116 mil até agora na terceira reescrita?

    • Não, o que quer dizer é que de 220 mil palavras, 116 mil estão finalizadas (reescritas, editadas, etc, na versão final – terceira versão total). Faltam ainda finalizar, reescrever, editar as restantes 104 mil palavras). O livro deve ficar ao todo com 220 mil palavras, é um tijolão.

      • Saquei!.. Mas só pra confirmar, essa é a versão final mesmo? Acabando tá pronto pra publicar?

        Quero só ver, hein? Ultimamente tô rigoroso… huahuahauhau
        Falando sério, andei abandonando uns livros aí… até que engrenei no Salvatore e no Mistborn do Sanderson (apesar de não ter gostado muito do segundo livro).

        Aproveitando que tô aqui, vou fazer uma contraparte e te indicar um livro… a série “O Conquistador” do Conn Iggulden, já leu? É Genghis Khan num livro ao estilo Cornwell mais ou menos. Doidemais!.. huahua

        Vlw, tio Nitro… no aguardo do Marca!

      • Valeu Felipe, acabando está pronto para publicar. Espero que goste, eu já fui muito rigoroso, hoje, depois de ralar três anos nessa trilogia, tenho um respeito enorme por todo e qualquer escritor profissional, não é fácil escrever prosa longa, com tramas paralelas, vários personagens, etc.! 🙂 Meu objetivo principal é divertir e entreter o meu leitor, espero que consiga isso! 😀

        Conheço o Conn, é muito bom. Mas tanto o Conn quanto o Cornwell são bem testosterona, estou tentando quebrar um pouco esse esquema, colocando mais variedade nos protagonistas de história de ação, é uma homarada dus infernos hahahaha! Um grande abraço!

    • Olá Sirius! 🙂 Isso mesmo, eu divido as minhas histórias em cenas (ou capítulos, meus capítulos tendem a ser curtos, junto vários e transformo em uma parte do livro). O Marca da Caveira tem 133 cenas (acho que terá 140 cenas até o final), e a narrativa se divide em 6 partes. É o meu jeito de escrever, fica mais fácil de voltar, entrelaçar Pontos de Vista, etc. Imagine o Game of Thrones, cada capítulo do Martin é narrado por 1 personagem POV e tem cerca de 1 a 4 cenas; é esse tipo de estrutura narrativa que eu uso. 🙂

  2. Sobre Jessica Jones. É legal. Ja assisti tudo. Não foi phoda mas estava dentro da expectativa.

    Comentei sobre a série no escritório e alguns colegas até acharam normal o vilao usar controle mental pra violar mulheres. Todos os homens acharam ok. Eu fiquei assustada.

    • É uma série fantástica, o vilão é um dos mais assustadores que já vi em narrativa de super-heróis, uma metáfora para a horrenda cultura patriarcal do estrupro. Amei a série, as protagonistas femininas bem construídas, os diálogos espertos e espero as próximas temporadas.

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