THE HANDMAID’S TALE – 1ª Temporada | Hulu, 2017 #ficçãocientífica #drama #distopia #resenha | NITROSÉRIES

Impressões sobre THE HANDMAID’S TALE das melhores séries de TV de 2017, e um marco nessa espécie de “era de ouro” das séries, pela qual estamos passando!

THE HANDMAID’S TALE – 1ª Temporada | Hulu, 2017 #ficçãocientífica #drama #distopia | NITROSÉRIES

SINOPSE
The Handmaid’s Tale é uma série de televisão estadunidense criada por Bruce Miller com base no romance homônimo de 1985 da escritora canadense Margaret Atwood.

Em um futuro próximo, as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por conta da poluição e de doenças sexualmente transmissíveis.

Em meio ao caos, o governo totalitário da República de Gileade, uma teonomia cristã que domina o que um dia foi o território dos Estados Unidos em meio a uma guerra civil ainda em curso.

A sociedade é organizada por líderes sedentos por poder ao longo de um regime novo, militarizado, hierárquico e fanático, com novas castas sociais, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler.

A infertilidade mundial resultou no recrutamento das poucas mulheres fecundas remanescentes em Gileade, chamadas de “servas” (Handmaid), de acordo com uma interpretação extremista dos contos bíblicos. Elas são designadas para as casas da elite governante, onde devem se submeter a estupros ritualizados com seus mestres masculinos para engravidar e ter filhos para aqueles homens e suas respectivas esposas.

June Osborne, renomeada como Offred (De Fred) (Elisabeth Moss), é a serva atribuída à casa do Comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) e de sua esposa Serena Joy Waterford (Yvonne Strahovski). Ela está sujeita às regras mais rigorosas e uma vigilância constante; uma palavra ou ação imprópria de sua parte pode levar a sua execução.

Offred, que tem o nome de seu mestre masculino assim como todas as Handmaids, pode se lembrar do “tempo de antes”, quando era casada com uma filha e tinha seu próprio nome e identidade, mas tudo o que ela pode fazer com segurança agora é seguir as regras de Gileade na esperança de que algum dia possa viver livre e se reunir com sua filha novamente.

Os Waterfords, principais atores no surgimento da República de Gileade, têm seus próprios conflitos com as realidades da sociedade que ajudaram a criar.

RESENHA
Uma adaptação genial do famoso e influente romance distópico de Margaret Atwood, que, como toda boa adaptação, recria e expande a história original em uma espécie de fanfic extremamente bem feita.

Essa recriação, apesar de diminuir um pouco o impacto do tema principal do romance, as miríades de formas de como as mulheres são oprimidas pela cultura patriarcal, abre novos pontos de vista e oferece novas perspectivas para o cenário brutal e sombrio, e infelizmente possível, criado por Atwood.

Elisabeth Moss está fantástica, em um papel difícil e desafiador, dada a necessidade de contenção de sua revolta e sofrimento dentro do mundo da República de Gileade. Offred é uma personagem em uma espécie de crucificação psíquica, forçada a uma vida de submissão em nome da sobrevivência pessoal e de uma esperança de rever sua filha, porém incapaz de resistir à devastação que a violência causa em sua alma.

É uma série dura e difícil de assistir, mesmo com alguns momentos ocasionais de alívio, e de uma linha narrativa de esperança, uma espécie de “luz no fim do túnel” inexistente no romance original.

Os roteiros são bem feitos, a produção e o design muito interessantes. A fotografia e as cores são um show a parte, com os tons escuros e meio apagados do presente contrastando com o colorido do passado da série, antes da revolução fundamentalista que gera a distopia do cenário. Me lembrou o modo como Stanley Kubrick lidava com as cores, um dos episódios se mostrando claramente inspirado em “De Olhos Bem Fechados”.

A técnica dos flashbacks funciona muito bem nessa série, que deu uma espécie de “upgrade” na maneira com que “Lost” os usava, pois, além de arredondar os personagens, oferecem contraste com a República de Gilead, e servem como momentos de alívio para a dureza e angústia presente na narrativa principal.

Recomendadíssimo, excelente adaptação!

TRAILER

TRILHA SONORA


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